segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Restos de pensamentos

Restos de pensamentos adocicados
Pedaços que de você sobraram em mim
Frases que se fizeram pão e foram picadas em migalhas
Nutrientes para o sustento de minha alma cálida
Um buraco plano que causa certo espanto aos desavisados
Falta de ar coração acelerado fome de tudo!
Caramujos continuam roendo seu rosto amargurado

Restos de pensamentos adocicados
Um bocado de ti me envenenou
Palavras que se fizeram morte
Estalando em meu ouvido e causando dores prazerosas
Entoando ritmos afrodisíacos
Mistificadores da batida atmosférica que-em-mim ressoa
Instalando em meu peito oco e descabelado
O puro som

Restos de pensamentos adocicados
E o tequinho que doastes de seu ser
Com a intenção de que minha vida durasse um tiquinho mais
Um lindo gesto de amor
Oriundo dos belos dias parisienses
Onde a impressão era capturada pela forma artística
Que se empenhava através do gênio e da criatividade do homem
Paralisar o natural borrado da realidade
Ou restos de pensamentos


terça-feira, 15 de novembro de 2011

a moita

a moita um pouquinho distante
me pegava verde
vou te pegar pegar

quando desviei na velocidade
me chamaram do carro mais veloz
o segui

bem rápido fugi
ele me salvou

da moita verde
do céu azul
de tudo aquilo

já vulnerável
subi andei dropei
ações pensamentos
tudo retrátil

atitudevidarespirandosempresendolivretendovida

sentir é o nome
daquilo que sei
vejo em mim o que eu olhei

quando a vi novamente
quis tomar na memória
esta mesma moita que disse
vou te pegar pegar

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Quase deuses ou ela quase o deu

Toda consideração que lhe dedicou por haver lhe mordido a pluma a margem e a canção com uma voz envenenada
Resultou nessa  letra cantada que derrama ingratidão e sexualidade

Intoxicável

Um jeitinho uma mordida nos lábios um bater com os ombros e (esse) até esse ritmo animado
Faz anunciar presságios da mais doce e toxica libertinagem