quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Verão 2018

Digamos a verdade, arrastemos o dia, a noite e já é tarde.
Apresentamos o real. Vamos por pratos, colheres e facas na mesa.
Suponhamos que o fim não seja mais nosso anseio.
Vida, vida. Queremos viver! Esperamos que sonhos transformem a realidade.
Que o encanto da verdade nos mostre a bênção de um novo suspiro.
O brilho sairá de seus olhos, encherá de alegria nossos corações. Como daquela vez em que estávamos no Ibira. E assim, nosso amor perpetuará.
Uma chama que antes foi soprada, hoje reacende em sua essência, um fogo alaranjado e ornamental. Forjado de um sentimento duradouro, alimentado por movimentos de grande fúria e momentos de uma paz que não passa.
Neste exato instante e tenha como exato o efeito prático da palavra, estou resistindo. Pois, há dor para cada toque no peito, esse batimento estranho e descompassado que perturba. Medo na tarde, um sol para cada um.
Arrebenta num grito uma calmaria que há muito vinha sendo amordaçada.
Judia de mim, mas dá carona até o centro. Lá não pensarei mais em você e não pensarei também mais em mim! Apenas vou sair caminhando, fone de ouvido, cara de mau, refletindo...

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Rumo a vida

  Enquanto tudo o que vivemos transcende o real e se submerge em luzes vindas direto do sol. A melhor maneira de enxergar o próximo é doando, aceitando e cedendo mais. Ajude e não se permita apenas ser. Pois, uma vez dado você nunca mais terá que buscar de volta.
  Lembra quando tardes de domingo, noites de réveillon? Tudo isso é vaidade. Na verdade, vivemos com muito menos. Levanto bem cedo, vou pra academia e parece que novamente não precisarei acender o primeiro baseado ou tomar a breja do meio dia. Venho aguentando firme, Deus me fez forte e minhas quedas ainda que desastrosas, acontecem em um número muito menor. Foi o pecado quem me deixou.
  Tenho uma convicção, determinado sigo o fluxo. Como quando me levanto e piso leve ao chão. Sinto um frio no primeiro pé, seja o direito ou o esquerdo. Mas insensível firmo logo os dois. Vou ao banheiro deixando que toda a urina escorra pelo vaso. Ligo o chuveiro, lavo a cabeça e molhado canto uma canção antiga. Só danço samba / só danço samba vai, vai, vai, vai, vai. Penso numa outra música. Coragem, coragem eu sei que você pode mais... e outra We won't take no bribe,
we got to stay alive. E mais uma Proteja-se e lute! Tudo isso corrobora com a vitória, fico muito corajoso e prossigo me enxugando.
  Então, você por aí já pode notar como posso ser destemido. Uma vez que o medo é como uma cortina que impede a luz passar, nos tornando opacos. Não para apatia. Preciso de vida. Carecemos de arte. Anelante imponho a minha mente um ritmo, puro e contagiante. Sigo adiante.



sábado, 19 de setembro de 2015

soco na cara

nas transições da vida
fez sua escolha
e a fez consciente
a bifurcação do destino não admite desistências terá de continuar
as consequências virão seja qual for a decisão
se ficar o coro come

de decisão tomada
resolve não ser manobra
nem fantoche nas mãos dos figurões

diante disso as atitudes trágicas
linha de frente
de fácil acesso
sem delongas
rápido e direto
verdade aplicada
real situação
poucas palavras
soco na cara!




sábado, 12 de setembro de 2015

dos poemas mais lindos

dos poemas mais lindos tiramos a força pra viver
e dos poemas mais lindos tiramos a beleza da vida
a sabedoria de uma vivência

é quando acordamos, não temos vontade de levantar e uma voz suave nos impulsiona
aquela energia que tiramos do fundo de nossa alma
assim levantamos e seguimos a luta

é quando numa manhã qualquer paramos um pouco
imaginamos o mar, suas ondas para que surja uma nova beleza
e tiramos dali um motivo maior de se continuar na batalha

finalmente quando já vivemos o suficiente pra saber que isso é o que realmente nos mantém vivos
captamos alguma sabedoria e nos é dada alguma esperança
para continuarmos em pés até o final da guerra

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Movimentando à tela

um caminho que poderá te levar ao desconhecido
borrões de uma vida trágica
corvos que voam para o além céu anunciando sua morte
seu desespero indelével é a expressão que faltava
agora o futuro aprisiona sua marca e este azul nunca será esquecido

                 (comentando Campo de Trigo com Corvos de van Gogh)

vivo intensamente ao meu modo

hoje vejo que muitas coisas mudaram
e não tenho tanto tempo para exercitar a escrita
as loucuras já me assustam e não me atraem tanto
sexo casual, errando pela noite, negociando com a morte
as fugas não me iludem


vivo intensamente ao meu modo!

volto pra casa e ouço um som legal, descanso e acordo cedo
vou buscar o meu de cada dia
claro que me irrito e fico muto bravo com as pessoas
dividas, ordenados, cálculos
então me concentro nos números


vivo intensamente ao meu modo!

ao finais de semana ainda escorrego pelas bordas da vida
produzo um suor sagrado e genuíno
vindo dos anos 90' ele me seguiu até aqui
roda, encaixa, desliza
skate é razão pra toda vida


quinta-feira, 8 de maio de 2014

O cão

Como eu o conheço?
Como ele é tão sociável?
Rola ao chão bem de leve
e quando coça seu focinho bate com suas patas traseiras suavemente.
Não sobe pelo, nem cheiro.
Seu pelo brilha
ele é lindo!

O vi andando dentro da grande livraria
com muita classe...
pensei se haveria, ainda que distante um lado selvagem dentro dele.
Talvez se fosse esfaqueado
ou sei lá?
Mas não teria reação morrendo como um um mártir e por uma causa.
Afinal, os mansos herdarão a terra.