o repente diz ao tempo

deito ao leito santo com belo arranjo das cortinas de épocas
espero sempre quanto possivel o que me virá despertar para o tempo ainda que muito seja este tempo esperando
sugiro que me encante transando aos prantos uma emoção que espante essa bobeira de expor aos montes o que poderia ser bom para tanta gente

Corpos Dourados

Morenas aptas para o amor

Cabelos pelas espáduas como disse Caminha ou Oswald não sei

Longos ou curtos como cigarros

Abraço cheiro aperto beijo

Juntos como o beijo de Klimt

Suave distinção quanto ao ouro da tela

Real inspiração quanto a química da pele

Queimando o pé da barriga

Rígido é o que tenho de mais sensível

Dourados do bronze natural desta solitude

Que absorve raios aos buracos horrendos do asfalto

Acima dele nossos corpos

Secos molhados sex queimados

Não dissestes que me amarias eternamente?

Não me deixe, deixe-se ser amada e mantenha seu amor de uma forma imaculada

Até que o vazio deixado por ti no coração intoxicado do poeta

Seja novamente preenchido, da gota de sentimento amadurecido pelo sofrimento, pelo tempo...

Por você menina que ao meu lado fora musa

Desfrutou da arte aquilo que só o amor proporcionaria