sábado, 29 de setembro de 2012

XIX

As folhas trepidavam
O colorido que embalsama pupilas
Olhos verdes árvores verdes um rosto esverdeado
Botou tudo pra fora
Alegria que a ventania faz

Tudo se acalmou
E o silêncio paralisa cada ramo
Uma lateral encima do céu
Alisando o véu de textura fina
Como nuvens que desabam da distância de chumbo

O dia se acende como as velas do candelabro
Esse aroma é solto no espaço
E todos começam a sacar as coisas
Olham já como se soubessem
A noite já vem em seu cobertor de loucuras
Um cérebro picante atravessa a extensão

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

apenas penas que voam


O hábito que separa e transporta imolações ao pensamento puro de cada noite
Bochechas alargadas pelo ritmo frenético do trompete
Movimento nos corredores de toaletes com apenas uma privada sem borda
Não olhar somente ver a pintura nova do sol e pelos vitrôs das tristezas observar uma lua no céu esverdeado preto eterno
Tênis acinzentado pele acinzentada saco arroxeado cabelo encrespado
Divagando acerca de um pincel encharcado por frutas brasileiras
Olhando as pombinhas em pleno voo - apenas penas que voam