domingo, 17 de fevereiro de 2013

o novo modo de ver as coisas


vendo que um novo ciclo se realiza
sem as velhas vozes do medo
correntes jogadas no piso de casa
ainda falta um pouco para o circulo negro de fumaça se formar
disforme ele sobe
sons estridentes o acompanham para o nada para um céu carregado
o escudo que bloqueou minha morte permanece manchado pelo impacto
sofro a cada solo grito salto maravilha grana sexo alegria drink gozo conto beijo abraço aperto
e a cada dia fugaz que laço através do meu cacho de cabelo emaranhado
vivo um pouco
descanso mais
e vendo novamente que o tal ciclo se realiza
disfarço numa diplomacia manjada
e durmo alvejado por um par de seios liso e carnudo
atento aos espinhos de uma língua rebelde e malcriada
desapareço em meu sonho diário
esperando o retorno de um parente, de uma pessoa de longe, um arrependimento, sua loucura, meu Jesus, um viajante...
algo-alguém que pudesse despertar-me para o novo modo de ver as coisas