Vou Conhecendo

Procurei estar o mais calmo possível
Concentrar-me em algo bom
1 dia
3 meses
1 semana

Versões boas viu
De um Cristo no bem alto
Tudo que pude ver - vi
Só não vi o melhor

A velocidade o concedia
Aquilo que sugou permanentemente
Foi-lhe o centro de seu sofrimento

Cheiro de maresia
Alcanço simples de céu cinza
Bem cinza e parece que nunca deixa de ser cinza

Volte e vote!
Para que as versões boas de um Cristo bem no alto
Sugira coisas, invente histórias

Positivos duelos consecutivos
Apreços exacerbados
Orgulho
Soberba

Nunca hesite
Faça você mesmo
Do angulo movimentado uma nova impressão

Falaram que talvez não entenderiam minha natureza
Porque foi o Deus que a construiu
Com terra preta, trem de ferro e mar verde brabo

Traziam-me formas de uma realidade neutra e verdadeira
Diante aquele opaco também nublado
Tudo me era apenas o que somos
Uma ilusão ótica maravilhosa e sinistra

Agora cu
Não tenho mais palavras
Pensei que iria conseguir
E novamente falhei
Errantemente um Berro!

Jazz dos Metais

Metais

Ouvem-se os metais!

Da embocadura encurvada

Som bom sai?

O pai da mocinha estava com Pistom

Barulho eletro frenético

Vivo ainda vivo na cidadela sem mato, terra ou vento

Só prédios, asfalto e fumaça

e logo o destino

a felicidade que se quer conquistar é bem colorida em preto e branco

é cheia de listras cor sim cor não, logo, espiral

é também pesada num ritmo continuo

repetições intermináveis, comos e falas

agradáveis acordes dentro do sino

como a felicidade inteira

enquanto mais mais repetições

e acordes alegres e espirais listrados

conquistando seu sonho longo daqueles bem real mesmo

com muitas cores assim como também na vida

brigas multicoloridas cheio de listras

e acabaram por chamar a polícia!

quando sair?

Isso é um perigo...

e logo o destino

XIX

As folhas trepidavam

O colorido que embalsama pupilas

Olhos verdes árvores verdes um rosto esverdeado

Botou tudo pra fora

Alegria que a ventania faz

Tudo se acalmou

E o silêncio paralisa cada ramo

Uma lateral encima do céu

Alisando o véu de textura fina

Como nuvens que desabam da distância de chumbo

O dia se acende como as velas do candelabro

Esse aroma é solto no espaço

E todos começam a sacar as coisas

Olham já como se soubessem

A noite já vem em seu cobertor de loucuras

Um cérebro picante atravessa a extensão

apenas penas que voam

O hábito que separa e transporta imolações ao pensamento puro de cada noite

Bochechas alargadas pelo ritmo frenético do trompete

Movimento nos corredores de toaletes com apenas uma privada sem borda

Não olhar somente ver a pintura nova do sol e pelos vitrôs das tristezas observar uma lua no céu esverdeado preto eterno

Tênis acinzentado pele acinzentada saco arroxeado cabelo encrespado

Divagando acerca de um pincel encharcado por frutas brasileiras

Olhando as pombinhas em pleno voo - apenas penas que voam

...

...espelhos
formas arredondadas
gosto de mulher
quero todo seu colo
quero cheirar-te
cabelos
pescoço
tudo o que seja você
baby.
o que é você também sou eu
amo-te sim sim
mas faça-me um favor?
deite-se em meu regaço
e sinta-se à vontade...

             1

jeito inconfundível

peito instantâneo

amando a quem vê

sonho mediano de ser

ou melhor ser-se

viu pensando em sentir

abriu os olhos agora

             2

agonizante sonho de estufar a alma

engolindo o vento

enchendo a barriga de sentimentos arborizados

está quase acabando a energia

está mesmo sem energias

e quer sofrer sem forças

             3

é assim mesmo que fizeram

aceitaram todo seu dinheiro

e adquiriu as primeiras pinceladas do sol

admirou a forma que ela obtinha

por si só eras a arte

uma vida muito bela

perigosa em suas extremidades

porém fácil de ser assimilada

            4

dependente fracassado das conquistas diárias que lhe preenchem o pensamento

grunhindo pela única vitoria que lhe cederiam

como uma gozada antes do tempo

ficaram decepcionado da maneira como lidou sua conquista

            5

não vai dar certo

sabes que não

não veras mocinha

e o tempo lhe será roubado

assim terminará

como nunca começou

Realidade Parada

Gosto dos versos que criam

Das mulheres que se envolvem

Destes momentos de jazz e solidão

Daqueles contos que o Vô me contava

De todos recadinhos deixados por minha irmã

Dos conselhos de meu pai

E da saudade que deixou minha mãe

Gosto disso...

Gosto dos, das, destes e daqueles

A realidade parada me alegra

até agora

boca ressecada

dentro de um céu sem telhados

só os caibros que se enfileiram

permitindo a escuridão penetrar

costelas se abrem como asas

absorvendo toda disritmia do mundo quando alterado

pois ele se altera quando você o desregula

desenvolve uma maneira frenética

e tranqüila e criminosa e assassina

louca de não ter obedecido

morreu 8% do que deveria

só viveu 48 horas sem se alimentar

tomando seu calvário de suor e dor

e pernas cansadas com estomago oco e fígado estragado

apenas abandonou sua alma embaixo de um teclado negro

e após algumas quadras voltou para apanhar

e ela já estava o esperando

foi avisado a não agir dessa forma

indo embora para nunca voltar

até agora

... suspirou atravessando toda viela
chegou com ar de desânimo na'venida
alcançou sua carona
durante toda travessia
não contava com dinheiro algum
nestas tardes sua respiração ofegante
trazia a calma que tanto o excitava
nestas tardes seu pensamento fervilhava
através dos segundos
se impregnava "daquilo"
percebia sua tranquilidade
nestas tardes tudo corria bem
sentava ao assento de plástico rústico
e sem lugar especifico ia indo
só indo sabendo que chegaria lá
Onde? Isso não importava!
legal era ir e chegar era apenas o limite
procura-se o seguro para não se ter riscos
estar seguro há uma submissão ao que lhe traz tal segurança
para com os riscos se há apenas liberdade
E é o que  ele precisava...
afinal andava sem condições
ultrapassando e se valendo de conduções
que o levasse
alegria o tomava e o vento também ia
soprando ares livres que prenunciavam
o que havia de acontecer
em frente sempre em frente
desnutria-se em prol seus braços abertos
deixou que em seu peito repousa-se um trago mais sincero e mais longe e selvagem
pisou ao firme esperando viver logo
virou em sua visão a própria paisagem
que ansiava contemplar ou tanto vive-la
momento seco de Temor e Devaneios
uma coragem nula e confusa
que o fazia além do viver!
Irônico não pensar que era um gênio
foi só o que viu - a si mesmo
uno
dentro dos mares de ruas congestionadas
e lá vai...
Talvez não o descreva
importante não é o lugar
nem onde
enquanto cantarolou uma velha canção
a pequenina e o homenzinho conversavam na estação
cortando lábios, dedos, espinhos
mas ele fica sossegadinho esperando sua vida acontecer
e uma boa companhia pink feminina fosforescente

Provérbio

Quanto tempo leva entre se ver no lago e sentir na pele o cristalino das àguas? Esse é o intervalo entre a sugestão e o real.

Ritmo de Vida

Segundos fortes antes da morte

Deitou embaixo da pia fria

Suor quente gelado ensopado

Lençóis brancos e trançados

Ritmo vida ritmo cores

Ritmo

A pena apenas rói o leve vento

Fremi fitas enroladinhas

Dêem vida a minha que se encontra tarjada, pois é perigosa

Vida tarjada

Perigosa e taxada como algo idiota

Que se deve fazer nas manhãs dos lindos domingos que sem sol mesmo se radiam

Qual o belo que não necessita originalidade

Raios não são necessários

eu tiro

um tiro

tiro meu corpo do seu raio de visão

grito um grito

nunca grito seu nome na multidão

meus Cílios ou um Filho

eu tiro

e dou a ti Maria das Noites de Manhas da Maravilha da Vida
que és mulher da vida

Querem expulsar-te? A mim também.

Fique por favor.
Não, vá.
Não vá...
Vá. Ó não, por favor, fique!

O q vc é pra mim

Vc é minha nega
Vc é a princesa que eu tenho
Vc também é a rainha de nosso...
cantinho, reino ou seja lá como for que se chama!
É verdade, também é chama que dentro de mim pega fogo!
Te amo amor, uma vez, de novo e quem sabe pra sempre...

                                                (Rafa Trindade)

o repente diz ao tempo

deito ao leito santo com belo arranjo das cortinas de épocas
espero sempre quanto possivel o que me virá despertar para o tempo ainda que muito seja este tempo esperando
sugiro que me encante transando aos prantos uma emoção que espante essa bobeira de expor aos montes o que poderia ser bom para tanta gente

Corpos Dourados

Morenas aptas para o amor

Cabelos pelas espáduas como disse Caminha ou Oswald não sei

Longos ou curtos como cigarros

Abraço cheiro aperto beijo

Juntos como o beijo de Klimt

Suave distinção quanto ao ouro da tela

Real inspiração quanto a química da pele

Queimando o pé da barriga

Rígido é o que tenho de mais sensível

Dourados do bronze natural desta solitude

Que absorve raios aos buracos horrendos do asfalto

Acima dele nossos corpos

Secos molhados sex queimados

Não dissestes que me amarias eternamente?

Não me deixe, deixe-se ser amada e mantenha seu amor de uma forma imaculada

Até que o vazio deixado por ti no coração intoxicado do poeta

Seja novamente preenchido, da gota de sentimento amadurecido pelo sofrimento, pelo tempo...

Por você menina que ao meu lado fora musa

Desfrutou da arte aquilo que só o amor proporcionaria

A Libélula (o poema)

O liquido incolor, inodoro e insalubre

Coloria, aromatizava e dava gosto ao inseto!

Vida pela vida

Pernas, ração e muita arte nova

Como nossos próprios olhos

Que flagram os frêmitos da morte

Presságios bons

Uma caminhada passageira

Olho como ele voa sob a chuva

Sinta como a chuva voa sob libélula

Beijos Intermináveis

Se eu deixar você nunca pára

Fica me beijando até perto daquilo que chamamos interminável

O beijo suave desta boca gostosa, carnuda, rosada

Vou deixando que continue e sinto este êxtase astral

Carne que se esbanja

Preção entre os lábios

Ficção a quem vê

Verdade para você e eu

Um insulto aos transeuntes

Mas uma maravilha a quem deles conhece o amor

E o meu amor é você quem nunca irá parar de beijar-me

Até que venha o interminável

vivendo para superar as loucuras da vida

desperdício de sentimento

isso me deixa louco

não quero, consigo ou posso controlar

só faço e vou indo:

devagar

rápido

cego

vendo

de mãos atadas

coração abertíssimo

mente feita

boca fechada

mãos dadas

pés em classe

cintura balançando

cabeça grande

língua solta

ouvidos atentos

cérebro em movimento

gosto e sabor

pura perfeição

tudo o mais

e dessa maneira vou suportando as loucuras viáveis da vida

Sentimento sem Perda

Nunca sairei perdendo
Daquilo que sinto por ti
Pois se um dia você não gostar mais de mim
Lembrarei sempre deste amor que um dia fez-me sorrir
Se tu de mim enjoares
Irei me renovar
Buscando a maneira certa de amar-te
Caso não olhe mais para mim
Ficarei longe
Contemplando um flash de pensamento que contenha-te
Mas se por fim de teu nego sempre gostares
Saiba que eternamente amada por ele serás