... suspirou atravessando toda viela
chegou com ar de desânimo na'venida
alcançou sua carona
durante toda travessia
não contava com dinheiro algum
nestas tardes sua respiração ofegante
trazia a calma que tanto o excitava
nestas tardes seu pensamento fervilhava
através dos segundos
se impregnava "daquilo"
percebia sua tranquilidade
nestas tardes tudo corria bem
sentava ao assento de plástico rústico
e sem lugar especifico ia indo
só indo sabendo que chegaria lá
Onde? Isso não importava!
legal era ir e chegar era apenas o limite
procura-se o seguro para não se ter riscos
estar seguro há uma submissão ao que lhe traz tal segurança
para com os riscos se há apenas liberdade
E é o que ele precisava...
afinal andava sem condições
ultrapassando e se valendo de conduções
que o levasse
alegria o tomava e o vento também ia
soprando ares livres que prenunciavam
o que havia de acontecer
em frente sempre em frente
desnutria-se em prol seus braços abertos
deixou que em seu peito repousa-se um trago mais sincero e mais longe e selvagem
pisou ao firme esperando viver logo
virou em sua visão a própria paisagem
que ansiava contemplar ou tanto vive-la
momento seco de Temor e Devaneios
uma coragem nula e confusa
que o fazia além do viver!
Irônico não pensar que era um gênio
foi só o que viu - a si mesmo
uno
dentro dos mares de ruas congestionadas
e lá vai...
Talvez não o descreva
importante não é o lugar
nem onde
enquanto cantarolou uma velha canção
a pequenina e o homenzinho conversavam na estação
cortando lábios, dedos, espinhos
mas ele fica sossegadinho esperando sua vida acontecer
e uma boa companhia pink feminina fosforescente
Nenhum comentário:
Postar um comentário