sexta-feira, 20 de julho de 2012

... suspirou atravessando toda viela
chegou com ar de desânimo na'venida
alcançou sua carona
durante toda travessia
não contava com dinheiro algum
nestas tardes sua respiração ofegante
trazia a calma que tanto o excitava
nestas tardes seu pensamento fervilhava
através dos segundos
se impregnava "daquilo"
percebia sua tranquilidade
nestas tardes tudo corria bem
sentava ao assento de plástico rústico
e sem lugar especifico ia indo
só indo sabendo que chegaria lá
Onde? Isso não importava!
legal era ir e chegar era apenas o limite
procura-se o seguro para não se ter riscos
estar seguro há uma submissão ao que lhe traz tal segurança
para com os riscos se há apenas liberdade
E é o que  ele precisava...
afinal andava sem condições
ultrapassando e se valendo de conduções
que o levasse
alegria o tomava e o vento também ia
soprando ares livres que prenunciavam
o que havia de acontecer
em frente sempre em frente
desnutria-se em prol seus braços abertos
deixou que em seu peito repousa-se um trago mais sincero e mais longe e selvagem
pisou ao firme esperando viver logo
virou em sua visão a própria paisagem
que ansiava contemplar ou tanto vive-la
momento seco de Temor e Devaneios
uma coragem nula e confusa
que o fazia além do viver!
Irônico não pensar que era um gênio
foi só o que viu - a si mesmo
uno
dentro dos mares de ruas congestionadas
e lá vai...
Talvez não o descreva
importante não é o lugar
nem onde
enquanto cantarolou uma velha canção
a pequenina e o homenzinho conversavam na estação
cortando lábios, dedos, espinhos
mas ele fica sossegadinho esperando sua vida acontecer
e uma boa companhia pink feminina fosforescente

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